Estudos Sociedade e Agricultura

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Jorge Vital Moreira

O regionalismo de Guimarães Rosa


Estudos Sociedade e Agricultura, 3, novembro 1994, 92-100.

Jorge Vital Moreira é professor da Universidade de Minnesota (EUA).


O texto abaixo apresenta uma visão panorâmica - sem pretensão exaustiva ou detalhista - de alguns momentos relevantes da ficção regionalista entre a segunda metade do século XIX e o romance dos anos 30. No geral, aspira a sugerir as implicações históricas e ideológicas da recorrência do "regional" no nosso discurso cultural. Em nível específico, busca estabelecer alguns pressupostos teóricos e históricos para facilitar uma abordagem do escritor João Guimarães Rosa e do seu romance Grande Sertão: Veredas.

É plausível admitir que o regionalismo brasileiro prende-se, nos seus inícios, às tendências nacionalistas que apareceram no Brasil a partir dos movimentos pela Independência. Os motivos ideológicos - derivados dos interesses de uma oligarquia rural dentro de uma sociedade escravista, no Segundo Império combinados com a influência dos movimentos ideológicos (Romantismo, Liberalismo) da burguesia européia - que levaram ao enaltecimento mítico do índio na ficção brasileira (O Guarani, Iracema, etc.), numa etapa posterior, conduziram também à mitificação do sertanejo. As oposições Natureza/Civilização, Brasil/Europa, Índio/ Branco, são constantes no interior do nacionalismo romântico brasileiro. Nesse quadro, nasce o sertanismo romântico de José de Alencar (O Sertanejo), que pode ser considerado, mesmo com restrições, como uma forma inicial de regionalismo na literatura do país.

Mais tarde, ainda no século XIX, os princípios ideológicos e estéticos que serviram ao Romantismo entraram em crise. O predomínio das idéias de materialismo, cientificismo (positivismo de Comte, biologismo darwiniano, determinismo de Taine, etc.), anticlericalismo na Europa e a sua crescente acolhida no Brasil, dão início ao impulso de renovação da ficção brasileira. A geração de escritores que inicia sua produção novelística por volta de 1870 - Franklin Távora, Visconde de Taunay e Machado de Assis - assimila as novas tendências, ainda que estas se realizem em suas obras de forma conflitiva e incompleta.

Na tradição regionalista, Franklin Távora, por exemplo, em cartas polêmicas contra a concepção artística de José de Alencar, destacou o valor da observação na realização ficcional em detrimento da imaginação exagerada do romantismo do segundo.

Deixando de lado a polêmica sobre a adequação ou inadequação das críticas de Távora ou de que a sua obra ficcional (O Cabeleira, O Matuto, etc.) venha constituir no conjunto uma tentativa frustrada, parece adequado afirmar que elas iniciaram uma reação que conduziu ao nascimento da ficção regional de corte realista e naturalista no Brasil.

Sem dúvida, esta transição é melhor realizada, a nível ficcional, por Visconde de Taunay, em Inocência. Conquanto a idealização romântica ainda permaneça, a preocupação com a fidelidade ao dado observável torna-se relevante, principalmente em relação à paisagem e ao ambiente social. Para a crítica brasileira, Grande sertão: veredas é tão importante na tradição regionalista que chega mesmo a influenciar a forma e os movimentos de Os Sertões, de Euclides da Cunha.

Mais tarde, na época realista, o nascimento de obras literárias como a de Machado de Assis e Manuel Oliveira Paiva, entre outros, possibilitou uma classificação da produção nacional em ficção urbana e ficção regionalista. Dentro desta, Oliveira Paiva escreveu um dos romances mais significativos, Dona Guidinha do Poço, que só foi publicado de forma integral em 1952. A imagem que este romance projeta do sertão e do sertanejo diferencia-se de tudo que foi feito anteriormente. Embora a tendência à mitificação do sertanejo, iniciada por Alencar, não desapareça completamente, sua existência dá-se de forma discreta, sem constituir o tema central. Importante é destacar que nesta obra aparece outro motivo freqüente na literatura regionalista: a oposição campo/cidade ou sertão/litoral.

Mais tarde, surgirá Os Sertões de Euclides da Cunha. Ainda que não se possa enquadrá-lo num determinado gênero literário, esse livro constitui uma contribuição extraordinária à literatura brasileira em geral e não somente à literatura regionalista. A meio caminho entre a literatura e a sociologia, Os Sertões realiza, conforme Antônio Cândido, um fim e um começo: "o fim do imperialismo literário, e o começo da análise científica aplicada aos aspectos mais importantes da sociedade brasileira (no caso, as contradições contidas na diferença de cultura entre as regiões litorâneas e o interior)" (Cândido: 1985, p. 160). O caráter híbrido do livro não impediu que n' Os Sertões a oposição campo/cidade, sertão/litoral, condensada na fórmula barbárie/civilização, tivesse o seu desenvolvimento mais dramático e expressivo. Entretanto, Euclides da Cunha não pôde escapar da tendência à mitificação do sertanejo.

Durante os anos 20 e diante da realização da Semana de Arte Moderna de 22, que inaugurou oficialmente o movimento modernista no Brasil, Gilberto Freire desenvolveu intensa campanha de revalorização das tradições nacionais ameaçadas de desaparecimento pelas alterações profundas por que o Nordeste estava passando (decadência dos engenhos de açúcar e do sistema político fundado no patriarcalismo e no latifúndio). Através de artigos em jornais e do seu livro Casa Grande & Senzala, e do contato pessoal com intelectuais, Gilberto Freire influenciou a ficção regionalista do Nordeste dos anos subseqüentes. A produção literária de José Lins do Rego nasceu ligada a tais preocupações. Menino de Engenho é exemplo de ficção memorialista de tom elegíaco e de características saudosistas. O enredo autobiográfico está constituído em duas linhas: por um lado, o subjetivo mostra a vida de um menino (narrada desde o ponto de vista do adulto) através de suas carências, de suas emoções, de sua tristeza, da sexualidade precoce e do seu sentimento de culpa; por outro lado, o objetivo narra a vida do engenho, as suas relações sociais e ambientais, desde um ponto de vista carregado afetivamente da admiração do menino pela figura do avô - um latifundiário patriarcal - , visão que lhe enaltece a figura do senhor de terras e justifica todos os abusos e desmandos que este realizava contra a população de trabalhadores. Em Fogo Morto, seu último romance do ciclo da cana-de-açúcar, o narrador toma uma posição mais distanciada e crítica diante das relações humanas na terra dos engenhos açucareiros, coexistindo no romance dois aspectos que a crítica brasileira tem destacado: o enaltecimento da região e a denúncia social.

Dentro do modernismo, cabe mencionar duas obras que são muito importantes no âmbito do romance dos anos 30: Terras do Sem Fim, de Jorge Amado, e Vidas Secas, de Graciliano Ramos. A inclusão da primeira nesta panorâmica se deve ao fato de que Terras do Sem Fim elaborou a problemática da cultura do cacau na região Sul da Bahia num bom nível de tensão entre a forma e o conteúdo (Bosi, 1985: 457). A segunda, por ser o ponto mais alto de toda a ficção regionalista de corte realista. Em ambas, sobretudo na segunda, está presente marcada inclinação para a denúncia social.

Após 1945, novas tendências se definiram na evolução do regionalismo, merecendo destaque especial aquela que representou a recuperação dos elementos míticos que a haviam marcado em seus inícios, no romantismo, mas que progressivamente foram cedendo lugar a uma abordagem do tipo realista, voltada para a observação direta do meio sócio-cultural. Seus expoentes mais notáveis são Adonias Filho e Guimarães Rosa.

No que segue, relacionaremos esta nossa visão panorâmica com o processo de modernização da sociedade brasileira, para obtermos uma visão mais integrada da relação história social/ideologia/literatura.

A tradição regionalista (seus temas, sua forma, seus estilos estéticos etc.) está inserida no processo de transição de uma sociedade assentada na economia agrícola para uma sociedade baseada na produção industrial. A transição brasileira esteve ligada a fatores externos e internos. Desde a Independência (quando o Brasil libertou-se dos laços coloniais com Portugal para estreitar os laços de dependência com a Inglaterra em vias de uma revolução industrial), começaram a surgir algumas mudanças econômicas, políticas, sociais e culturais no país. Nessa nova etapa, a economia brasileira integrou-se à economia mundial através da exportação de matérias-primas, alimentos e da importação de produtos manufaturados. As oligarquias ligadas aos produtos de exportação tiveram a sua importância favorecida no processo político brasileiro; e a economia nordestina, fundada no trabalho escravo, entrou em decadência. Os núcleos urbanos (sobretudo no Sudeste do Brasil), criados para atender à expansão da economia agroexportadora, começaram a gerar novos seres sociais (classe média, proletariado) que cresceram e desempenharam um papel político de maior importância. As elites políticas, pressionadas pelas demandas que as novas forças sociais e produtivas estavam gerando, vêem-se obrigadas a introduzir mudanças na organização social e política do Brasil. Nas três primeiras décadas do século XX, a economia internacional experimentou enormes transformações: a Primeira Guerra Mundial, que afetou negativamente os preços do café e das matérias-primas a nível internacional, e a crise e a depressão do capitalismo de 1929/32, que estreitou o mercado internacional, debilitaram o sistema político orientado pela economia cafeeira.

A repercussão da crise internacional aumentou a inconformidade com o modelo sócio-econômico em vigência. O resultado foi o movimento de Getúlio Vargas e a inauguração de um novo projeto de desenvolvimento capitalista. Todos esses movimentos na História tiveram suas projeções no nível das visões de mundo, nos horizontes de visibilidade, nas expectativas de futuro.

Também tiveram suas projeções no nível da linguagem. O escritor nacional, como qualquer outro ser social, absorveu e expressou, na linguagem, as mudanças da sociedade brasileira. De extração pequeno-burguesa, com uma formação cultural acima da média, e o privilégio de uma boa educação num país de analfabetos, o intelectual brasileiro caracterizou-se, quase sempre, como uma espécie de "porta-voz" da cultura dominante.

Portanto, diante das contradições sociais, derivadas do processo de transição entre campo e cidade e da luta política pela hegemonia social, a pequena burguesia intelectual, proveniente em sua grande maioria de setores ligados às fazendas e/ou ao comércio rural em decadência, carentes do prestígio perdido, nostálgicos da segurança do passado, como grupo renuncia a fazer a História, refugiando-se num universo simbólico, onde as contradições sociais aparecem apenas como "ambigüidades" irresolvidas no nível da produção textual. Essa é a etapa defensiva da reação do intelectual. A etapa ofensiva surgiria quando o escritor atuasse para que o seu produto imaginário fosse capaz de ordenar e hierarquizar a realidade de acordo com sua visão do mundo; isto é, quando se vinculasse a um projeto político-social.

Nesse ponto, propomo-nos a suspender essas considerações e a entrar em Grande Sertão: Veredas.

No geral, a obra ficcional de Guimarães Rosa tem suas origens nas histórias e nos casos transmitidos oralmente ao escritor pela população da parte central de Minas Gerais, no tempo em que ele praticava medicina em Itaúna e servia às Forças Armadas em Barbacena.

Rosa coletou o material dos contos orais e trabalhou neles até transformá-los em peças literárias com suas mudanças e o seu próprio rendimento artístico. Ele recebeu do povo não somente o conteúdo das histórias, como também aperfeiçoou a arte narrativa de contar. O artesanato no modo narrativo foi essencial para o seu desenvolvimento. É portanto necessário entender alguns dos elementos estéticos de sua arte de contar histórias para compreender o sentido de sua ficção. Isso requer uma investigação da técnica narrativa que ele desenvolveu, técnica e elementos que representam suas próprias atitudes e valores, bem como idéias emergentes e imagens que, refletidas na linguagem, estilo, maneira e modo narrativo, culminam na criação da sua obra maior.

Em Grande Sertão: Veredas, a ambigüidade é o princípio organizador do texto, plena de significação, atravessando todos os seus elementos e níveis (narração, tema, motivos, relação entre os personagens, diálogo, etc.): tudo se passa, no romance, como se ora fosse ora não fosse, como se estivéssemos diante de uma metafísica onde as coisas às vezes são e às vezes não são.

Portanto, uma leitura social que aspire explicar a interpenetração literatura/ideologia em Grande Sertão: Veredas não pode deixar de explicar também o papel que cumpre a ambigüidade a nível textual, isto é, a nível da relação forma/conteúdo, significante/significado.

Uma análise desse tipo mostra que as oposições (narração/especulação, acreditar/duvidar, deus/diabo, passado/presente, masculino/feminino, heterossexual/homossexual, jagunço/proprietário rural, reflexão/ ação, eterno/instante, etc.) não aparecem, no romance, como manifestação de problemas sociais que a práxis histórica pode e deve resolver; aparecem, isto sim, como "naturalização" de categorias metafísicas que apontam para a eternização do passado, do sertão e do jagunço, na linguagem, escamoteando e mitificando as relações agrárias predominantes no mundo de Grande Sertão: Veredas.

Na concepção rosiana, estas oposições metafísicas existem dentro/fora do sujeito e contemplá-las, no seu eterno movimento pendular (range-rede), é a única possibilidade viável para o homem humano, para aquele que deseja fazer uma travessia confortável às origens do ser e às fontes do conhecimento, a uma unidade mítica de um passado arcádico e dourado do sertão e de jagunços.

O texto rosiano expressa, indiretamente, por omissão e fuga (obsessão com o passado e com o misticismo), a perplexidade do escritor diante das mudanças sociais e das graves crises políticas que afetaram o Brasil depois da Segunda Guerra Mundial. Tudo isso tem que ver com o tópico das relações entre autor implícito, narrador, personagens, substância textual e leitor. E, por implicação, relaciona-se à visão de mundo de Rosa, a qual contém as suas atitudes em direção a seu mundo: a cultura dominante, a sua arte e os seus leitores.

A relação de Rosa com o movimento modernista tem sido mistificada pela crítica ufanista, que foi responsável por colocar a imagem do escritor no pedestal, forjando o mito de bruxo e um culto não menos religioso de demiurgo, cuja produção literária teria superado o legado modernista dentro da literatura brasileira.

A partir de nossas premissas, podemos considerar essa crítica no mínimo exagerada, pois não é capaz de ver que, desde uma perspectiva sociohistórica, a suposta universalidade do escritor (a especulação metafísica/lingüística de Grande Sertão: Veredas) significa, predominantemente, a intensificação da mitificação do homem do sertão que já se encontrava numa das linhas da ficção regionalista brasileira.

É um pouco mais do que engraçado que, no texto de Guimarães, um ex-jagunço, um proprietário rural, um suposto místico, um explorador de trabalho alheio, um homem pouco mais que alfabetizado, estando no range-rede, é capaz de elaborar, intuitivamente, o conhecimento religioso e filosófico (a metafísica de Heráclito, a teoria dos dois mundos de Platão, a filosofia de Plotino, e os livros sagrados do Oriente) que a humanidade produziu em milênios. Essas são estórias interessantes, mas não são propriamente histórias com força emancipatória, como requer o trabalho de modernização e transformação social.

 

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